As crianças se desenvolvem numa velocidade assustadora. Quando a gente menos percebe, o bebê que até um tempinho atrás era amor, carinho e sorrisos fofos se transforma e passa a apresentar birras, hábitos difíceis, e chora por qualquer pequena frustração. Essa é a adolescência dos bebês, uma fase muito bem descrita pelo termo terrible two.
Este período da criança é marcado por um comportamento rebelde e uma dificuldade enorme de lidar com frustrações. É claro que cada indivíduo tem suas próprias características, mas a grande maioria dos pais enfrentam uma situação desafiadora e cheia de conflitos nesta fase.
Alguns exemplos comuns de mal comportamento durante a adolescência dos bebês são: se jogar no chão por qualquer motivo, chorar sem real necessidade e viver fazendo birras para testar os limites do papai e da mamãe. Isso pode acontecer por qualquer coisa, seja um “não inesperado”, a incapacidade de conseguir fazer algo, como vestir os sapatinhos, ou então ter surtos de raiva pode não conseguir algo que está pedindo.
Uma coisa é certa, essa fase é desafiadora para todas as famílias, absolutamente normal e que a grande maioria das crianças passa por ela, seja nos comportamentos desagradáveis em menor ou maior intensidade.
Por isso, é fundamental se preparar para não bater a cabeça ou agir irracionalmente com a criança, pois é fácil perder a paciência e adotar atitudes desnecessárias e que podem marcar os pequeninos por toda a vida.
Confira o conteúdo e aprenda mais sobre o terrible two e como lidar com essa fase repleta de desafios. Boa leitura!
O que é o terrible two?
Terrible two (do inglês, terríveis dois) é um termo utilizado para descrever os 2 anos de idade das crianças, uma fase também conhecida como a adolescência dos bebês ou a crise dos dois anos.
Assim como os pré-adolescentes que podem adotar comportamentos arrogantes e rebeldes devido a uma série de transformações no corpo e na mente, os bebês também sofrem alterações e podem mudar seu comportamento, agindo de forma incomum e afrontosa.
Embora o termo faça referência aos dois anos de idade, essa fase de transição pode começar um pouco antes da criança completar seu segundo aniversário, mais ou menos entre o 17º e 18º mês de vida, e se estender até por volta dos 3 anos.
O termo “terrível” é utilizado pois as crianças começam a dizer não para tudo na adolescência dos bebês, desacatando orientações e recusando as decisões dos pais. Para isso, eles choram, gritam, jogam as coisas, se jogam no chão, ou seja, fazem birra para tudo que não seja do seu interesse.
Algumas crianças podem ser mais discretas e outras muito escandalosas, causando um desconforto para os pais fora de casa e os deixando com os cabelos em pé durante o dia a dia em casa.
Isso acontece porque nessa idade as crianças começam a se notar como indivíduos distintos dos pais, ganhando mais independência e entrando num teste de limites contínuo com os seus responsáveis a partir da demonstração de seus desgostos e preferências o máximo que são capazes para afirmar sua individualidade.
A chegada da “adolescência dos bebês”
Como dito anteriormente, o terrible two é passageiro. Porém, isso não quer dizer que basta esperar sentado e deixar a criança deitar e rolar ou então bater nela, somado a gritos desesperados devido à sensação de impotência. Em ambos os casos, o desenvolvimento da criança é prejudicado e cicatrizes emocionais podem ficar para toda a vida.
Se você está passando por isso, é preciso se preparar para saber como lidar e garantir o desenvolvimento harmonioso da criança. A adolescência dos bebês e todos os desafios que a acompanham são inevitáveis, e fazem parte de uma série de alterações fisiológicas e psicológicas que enchem a criança de dúvidas.
Assim como é estressante para os pais, é extremamente conflitante para o(a) filho(a). As crianças também ficam de pressionadas com essa batalha, que para eles é muito mais interna do que externa.
Portanto, a melhor maneira de lidar com a chegada da adolescência dos bebês é estar preparado emocional e psicologicamente para agir de maneira correta, aliviar a tensão de seu/sua filho(a) e conseguir manter a paz dentro do lar.
Como lidar com essa fase?
Bom, agora que você sabe as características do terrible two, sua inevitabilidade e a tremenda necessidade de se preparar para passar por esta fase sem “traumas”, tanto para você quanto para o(a) filho(a), vamos destacar algumas ações efetivas para lidar com este período desafiador. Confira.
Manter a rotina é fundamental
Fome, cansaço e frustração são os 3 maiores gatilhos para acessos de raiva e birra durante a adolescência dos bebês. Essas três coisas acontecem principalmente quando a criança está fora da sua rotina.
Se você não quer ter que lidar com uma explosão de birra, é fundamental manter a rotina, com hora para brincar, aprender, comer, tomar banho, dormir e etc., pois um cotidiano bem definido é primordial para reduzir o estresse de uma criança no terrible two.
Para as saídas e passeios é providencial se “equipar” com lanchinhos e frutas, escapando das crises por fome, que podem acontecer ao menor sinal de apetite. Se for ficar muito tempo fora, organize sua rotina para que o(a) pequenino(a) possa chegar em casa antes da hora que costuma dormir.
Faltou comida ou descanso, as birras aparecem, pode ter certeza! Mantenha-se organizado(a) para garantir uma rotina bem definida e respeite os horários o máximo que puder.
A conversa é sempre o melhor caminho
Quando uma pessoa se irrita e grita e a outra tem a mesma reação, qual o resultado? Briga na certa! Com a criança não será diferente.
Tenha muita calma! Sabemos que uma hora ela acaba, mas é preciso paciência. Quando as birras começam, explique de forma objetiva, com clareza e vagarosamente que você entende o porquê da criança estar frustrada, quais as possíveis coisas podem acontecer quando ela faz algo que você disse para não fazer, como se machucar, cair, se queimar ou se cortar, por exemplo.
Caso a frustração seja por algum desejo não realizado, ofereça alternativas. Se for por alguma coisa que a criança não está conseguindo fazer, coloque-se à disposição para ajudá-la a resolver seu “problema”.
Não poupe carinhos, abraços e outras demonstrações de afeto
Em algumas situações, os acessos de raiva são tão intensos devido ao tamanho desespero quando se frustra que a criança pode acabar machucando alguém ou a si mesma. Nessas horas a peça chave é o acolhimento. Abrace, pegue no colo, afague e explique que entende o sofrimento dela e que você está ali justamente para ajudá-la.
Depois que a raiva passar e o nervoso diminuir, pergunte o que a deixou seu/sua filho(a) tão irritado para entender o que realmente está passando na cabecinha dele(a). A maioria das birras acontece pelo fato dos pequeninos ainda não saberem lidar com as frustrações. Aproveite o momento para explicar sobre os sentimentos da criança e ajudar a compreender melhor que nem tudo acontece como ela gostaria que acontecesse.
Seja paciente com seu bebê, essa fase vai passar!
Mais uma vez repetindo pois é importante fixar a ideia: seja paciente! O terrible two é passageiro, natural e todas as crianças passam por essa etapa que se encerra próxima aos 3 anos de idade.
Muitas vezes, fica aparente que as birras são para provocar as mamães e papais. Faz parte do desenvolvimento dos pequeninos testar os limites dos adultos para saberem até onde podem chegar.
Por isso, não entre no jogo. Descarte chantagens, gritos e principalmente bater na criança. Essas ações pioram ainda mais os surtos e podem refletir no comportamento dela pelo resto da vida. Escolha sempre o diálogo, pois quando a birra passar (o que não demora muito) seu/sua filho(a) estará carente de atenção, colo e carinho.
Mamãe: cuide também da sua saúde física e mental
Para enfrentar as batalhas emocionais característica do terrible two, assim como qualquer outra na vida, é preciso estar preparado.
Para dar conta da criança nessa fase é preciso cuidar da sua saúde física e mental, pois elas serão drenadas, principalmente a mental. É muito comum os pais se esgotarem física e psicologicamente e ficarem sobrecarregados.
Por isso, é providencial cultivar hábitos que promovam o bem-estar do corpo e da mente, como praticar exercícios, fazer caminhadas com a criança, se alimentar bem e ter rotinas bem definidas também. Sempre que der, tire um tempinho para você. Assim, você estará preparado(a) emocionalmente para entender o que sua criança está passando e conseguir passar por essa fase sem surtar.
Pronto, chegamos ao final deste conteúdo e agora você sabe o que é o terrible two, como a adolescência dos bebês é desafiadora e inevitável, além de reconhecer quais medidas podem ser tomadas para lidar com essa fase tão difícil.
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