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Família

Burnout Materno: sinais e consequências da dupla jornada na maternidade

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28 de setembro de 2021

Ser mãe é ter de superar desafios todos os dias. Mesmo com a realização de ter um amor incomparável e desfrutar de momentos lindos durante a vida dos filhos, a maternidade está bem longe de ser o que comumente vemos nos filmes, com famílias perfeitas que desfrutam de um cotidiano organizado e planejado.

A maternidade é geralmente romantizada, mas a realidade é bem diferente. O dia a dia na criação da criança requer muito preparo emocional e físico. Mas, em meio a tantas rotinas e obrigações, sobra tempo para a mãe cuidar da própria saúde e bem-estar?

O mix de cansaço, sobrecarga, sono inadequado e, por consequência desses fatores, a exaustão, fazem parte da realidade de ser mãe, principalmente nos primeiros meses da criança. Quando esses sentimentos se transformam em sintomas e são recorrentes, pode ser um sinal do Burnout Materno.

Se você acha que está passando por isso e que talvez seja mais uma mulher acometida pelo Burnout materno, não se desespere, temos uma boa notícia: você não precisa sofrer sozinha, pois existe tratamento para o problema.

Neste conteúdo, vamos explicar o que é a Síndrome do Burnout Materno, quais fatores colaboram com seu desenvolvimento, sintomas que indicam sua presença e, no fim, citaremos algumas dicas de como aliviar o estresse para fugir desse perigo. 

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O que é a Síndrome de Burnout?

Quando somos submetidos a longos períodos de estresse intenso, nosso corpo é afetado física e emocionalmente. A Síndrome de Burnout é a resposta de nosso corpo quando nos submetemos a essa realidade.

Este problema é muito comum para profissionais que estão em constante contato com outras pessoas e em situações de alto estresse, como os profissionais da saúde, assistentes sociais, operadores de telemarketing, bombeiros e policiais, por exemplo.

O grande ponto prejudicial da Síndrome de Burnout é que o problema provoca uma série de sintomas muito parecidos com os de outras doenças, confundindo a pessoa e levando-a acreditar que sofre de outras patologias.

Além da difícil auto detecção, as pessoas acometidas pela síndrome sentem-se constantemente oprimidas e cansadas, como uma sensação de desespero e desamparo que as acompanham da hora que acordam até a hora de dormir.

Quando não diagnosticadas e tratadas, o quadro dessas pessoas pode se estender e levar a anedonia, doença que se caracteriza pela incapacidade de sentir prazer.

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Por que as mães sofrem do chamado “Burnout Materno”?

Você viu que a Síndrome do Burnout é um distúrbio emocional conhecido que afeta profissionais expostos a ambientes de trabalho estressantes e que super utilizam as habilidades de seus colaboradores. Quem sofre do problema vive com exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.

Agora, essa síndrome saiu dos escritórios e afeta também as mães. A jornada tripla (atuar como mãe, profissional e dona de casa) sem o auxílio necessário, é um veneno para a saúde emocional da mulher, podendo aplicar uma alta carga de estresse que distorce os sentimentos e provocam uma série de pensamentos negativos.

O termo “Burnout Materno” é usado para classificar mulheres sobrecarregadas com jornada tripla que sofrem de exaustão e estresse crônicos. Isso não quer dizer que esses transtornos surgem pelo fato de ser mãe e, sim, pelo momento intenso vivido por ela e sua família para manter tudo nos trilhos e garantir qualidade de vida para os pequenos.

Além dos dias desafiadores que parecem não ter fim, nesta fase da vida, a mulher ainda tem que lidar com as alterações hormonais, mudanças em seu corpo causadas tanto por fatores fisiológicos quanto emocionais.

Em conjunto com esses fatores, somam-se: longos períodos com noites de sono mal dormidas, novas atribuições que surgem praticamente todos os dias, a criação de expectativas em relação às possíveis mudanças e a insegurança quanto à qualidade de vida e estabilidade familiar.

O resultado deste cálculo desagradável pode ser o Burnout Materno, distúrbio que vai muito além do cansaço permanente. A mãe que sofre com este problema, além de enfrentar a exaustão, desgasta continuamente seu psicológico pela fissura de concluir suas tarefas diárias e dar conta de tudo. 

Por isso, é importante que você entenda a diferença entre se sentir cansada ao final do dia e viver exausta, sem interesse e/ou motivação para fazer coisas que antes lhe agradavam.

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Sinais de que você pode estar sofrendo de Burnout Materno

Bom, agora que você sabe o que é o Burnout Materno e o que leva as mães a sofrerem desta síndrome, é muito importante saber quais os sinais que indicam que você pode estar passando por isso.

Observe:

  • Mesmo que tudo esteja tranquilo e você esteja em momentos felizes com seu bebê, você continua triste, com a sensação de que sempre falta algo para a alegria ser plena;
  • Você se transformou numa pessoa apática, indiferente, sem emoções boas, motivação ou entusiasmo;
  • Qualquer reação inesperada da criança de tira do sério, você fica desproporcionalmente irritada;
  • Sentimentos ruins e desmotivadores te acompanham durante todos os dias;
  • Você se sente mal e/ou culpada quando a criança chora;
  • Sua autoestima está muito baixa ou deixou de existir, você se coloca em segundo plano em todas as situações;
  • Você duvida o tempo todo de sua capacidade de cuidar bem de seu filho.

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Formas de aliviar o estresse e a pressão da maternidade

Para lidar com o estresse intenso e não ser vítima do Burnout Materno, o primeiro passo é adotar um estilo de vida mais saudável, uma vez que o estresse não é causado apenas por problemas emocionais, seu estilo de vida é determinante para aliviá-lo.

Desta forma, é muito interessante pensar em dietas mais saudáveis, atividades físicas (uma simples caminhada diária pode ser muito útil) e aprender técnicas de relaxamento.

Além disso, contar como uma rede de apoio sólida é fundamental para aliviar a pressão da maternidade e ajudá-la a passar por este momento desafiador de sua vida com menos estresse.

A rede de apoio, ou seja, as pessoas que são de sua confiança e que você se sente confortável para se expressar e sabe que pode contar, não te auxilia apenas nas tarefas diárias, mas também serve como um suporte importantíssimo para os aspectos emocionais envolvidos na maternidade.

Assim, após definir quem são as pessoas de sua rede de apoio, você pode aliviar o estresse e pressão da maternidade das seguintes maneiras:

  • Peça e aceite ajuda! É importante admitir que você não é perfeita e nem dá conta de tudo sozinha. Dividir tarefas e os cuidados com o filho não significa fraqueza ou incompetência;
  • Compartilhe suas dores, sentimentos, anseios e apreensões. Conviver com outras mães pode ser um alívio durante este período, pois te ajuda a se identificar e a aprender novas maneiras de lidar com a jornada tripla. A troca de experiências é enriquecedora e pode se tornar uma forma de terapia;
  • Frequente espaços de vivência terapêuticas, como rodas de conversa, formas de interagir com a criança e etc;
  • Você tem toda uma vida fora do seu grupo de maternidade. Jante com os amigos, saia para tomar um café com eles, vá ao parque ou simplesmente entre em contato para jogar conversa fora;
  • Os “3 autos” devem fazer parte de sua vida: Auto cuidado, auto acolhimento e auto gentileza. Lembre-se: se você não está bem consigo mesma, não conseguirá cuidar do filho e nem ajudar os outros familiares. É importante estar plena para conseguir entregar o seu melhor.  

Além disso, é importante reservar todos os dias um tempinho para você. Um banho relaxante, roupas que goste e um perfume gostoso podem fazer você se sentir bem. Ler um livro, se exercitar com frequência e ter momentos para ficar sozinha e em silêncio são hábitos preciosos. 

Pronto, agora você conhece o Burnout Materno, sabe quais fatores fazem as mães desenvolverem esse transtorno, os sinais que indicam sua presença e como aliviar o estresse intenso que toda mãe passa.

Para saber mais sobre a saúde da mãe e das crianças, continue no blog. Se cuide!

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