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Com quantos meses o bebê começa a andar? Entenda o tema.

A pergunta “com quantos meses o bebê começa a andar?” merece bastante atenção.

Por um lado diz respeito a uma saudável preocupação dos pais com o desenvolvimento de seus filhos, mas por outro pode ser a demonstração de expectativas nocivas e sem sentido, que acabam influenciando negativamente as crianças.

Neste artigo vamos esclarecer algumas questões fundamentais sobre esse assunto, e que certamente ajudarão papais e mamães na forma de se relacionar com seus bebês e filhos pequenos. 

 

Não existe uma data exata para a criança andar

Para educar bem seus filhos, um grande primeiro passo é descartar preconceitos que podem levar a ações e atitudes incorretas. Um deles é a errônea crença de que há uma idade exata em que os bebês devem começar a andar. 

Cada criança tem seu ritmo natural, e saber respeitá-lo é um dos mais preciosos gestos educacionais que os pais podem ter com seus filhos. Certamente existem marcos ou estágios de desenvolvimento, apontados pelas áreas de estudo da infância, e quando os levamos em conta podemos afirmar que geralmente o bebê começa a andar entre 10 e 18 meses. 

Entretanto, esses marcos devem ser tomados como referencias e não como camisas de força que nos levam a pressionar as crianças para algo que ainda não estão prontas. Nesse sentido é preciso ter em conta que uma criança pode desobedecer aos marcos conhecidos e mesmo assim apresentar um desenvolvimento totalmente natural e saudável. 

Como não cabe a nenhum adulto determinar com quantos meses o bebê começa a andar, é importante saber quais são as contribuições que os pais podem realmente trazer para o desenvolvimento de seus filhos pequenos. Listamos abaixo algumas delas:

Ofereça condições

A criança precisa do adulto para aprender muitas coisas, mas não para aprender a andar. Ela o fará por conta própria e dessa maneira é o mais saudável e natural. Portanto, ao invés de estímulos e exercícios, ofereça condições, tais como: 

  1. Solo firme: para aprender a andar bem, as crianças precisam apoiar-se em solo firme, a fim de adquirirem estabilidade e sentirem-se seguras.
  2. Pés descalços: os pés são a base do equilíbrio do corpo humano, e os bebês usam o tato da sola dos pés para fazerem a leitura correta do solo em que estão se apoiando e a partir daí podem equilibrar-se e caminhar. Por isso os bebês devem estar descalços a maior parte do tempo. Meias devem ser usadas apenas quando for muito frio e devem ter solado antiderrapante, pois do contrário os bebês podem deslizar em suas tentativas de ficar em pé.
  3. Calças com barras devidamente feitas: é muito comum ao longo do primeiro ano os pais vestirem seus bebês com calças mais compridas do que suas pernas, o que prejudica o andar da criança. Por isso é necessário sempre garantir que as calças dos bebês estejam com barra devidamente feita, a fim de não prejudicar o movimento.
  4. Estrutura adequada: ofereça um bom espaço para que o bebê possa engatinhar, assim como estruturas para que ele possa encontrar apoio para levantar-se e depois dar seus primeiros passos. Não é necessário ajuda-lo diretamente, pois havendo boas condições, será natural que o bebê procure ficar em pé e andar no momento em que sentir-se maduro para isso.

 

Não permita que o medo e as expectativas se transformem em pressão 

É muito importante que os pais observem a si mesmos e se mantenham vigilantes para que não criem expectativas exageradas com relação aos bebês. Muitas vezes os pais se perguntam com quantos meses o bebê começa a andar para logo após darem início a uma contagem regressiva. 

Nada poderia ser pior do que isso, pois os bebês são extremamente sensíveis ao que seus pais sentem e pensam, e por isso a expectativa adulta pode levá-los a alterar seu ritmo natural. O resultado disso são bebês que andam mais rápido, mas de forma desequilibrada. Com o equilíbrio prejudicado, as crianças também não conseguem pensar bem. 

Por isso, ao deixar que o medo e as expectativas se tornem pressão, os pais podem desencadear uma sequência de efeitos negativos bastante sérios em seus filhos. Para não incorrer nesse erro, procure esforçar-se para aprender a reconhecer e admirar o natural desenvolvimento de seu filho. 

 

Como o bebê começa a andar?

Por fim, cabe a proposta de darmos espaço a uma outra pergunta. Talvez ainda mais relevante do que questionar-se com quantos meses o bebê começa a andar, vale perguntar-se “como” ele começa a andar

Será com harmonia, em um momento justo e de acordo ao seu ritmo natural de maturação? Ou será a qualquer preço, movido por expectativas artificiais, a fim de obedecer a tabelas ou a comparações com outras crianças?

Ao inserirmos em nossos questionamentos  a palavra “como” o bebê começa a andar, abrimos espaço a uma visão que prima pela qualidade do desenvolvimento de nossas crianças, mais do que pela velocidade. Assim manteremos o foco em oferecer as melhores condições e, desse modo, comprovaremos que cada bebê começará a andar da melhor forma e no momento coerente com sua maturidade.


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