Até completar seis meses de vida, o alimento mais indicado para os bebês é o leite materno e na impossibilidade dele, as fórmulas infantis. A partir do sexto mês de vida, o bebê começa a apresentar sinais de prontidão e junto com as mudanças nas necessidades nutricionais, chegamos no momento ideal para iniciar com a introdução complementar. Mas, a partir deste momento, como fica a oferta de leite na rotina alimentar?
Para responder este questionamento bastante recorrente dos pais, precisamos primeiro entender o papel de cada tipo de alimento na alimentação do bebê. Como dito, a partir do sexto mês de vida do bebê suas necessidades nutricionais aumentam e é o momento de iniciar a introdução de alimentos sólidos. Porém, este momento é caracterizado pela apresentação dos alimentos às crianças, descobertas dos sabores, texturas e formas dos
alimentos e de forma muito comum, a aceitação em quantidade destes alimentos é baixa e aumenta conforme a criança cresce.
Sendo assim, o leite (tanto o materno quanto a fórmula infantil) continua sendo o alimento mais importante da alimentação do bebê até que ele complete 1 ano de vida e os alimentos neste momento complementam sua alimentação. Por isso, neste momento não é necessária preocupação com quantidades de alimentos aceitos pela criança, já que suas necessidades principais são garantidas pelo leite e complementadas com os alimentos.
Estamos aqui no momento de apresentar os alimentos ao bebê!
E depois que meu bebê completa 1 ano?
A partir do momento que o bebê completa 1 ano, temos a inversão desse cenário de alimentação. Neste momento, já observamos maior afinidade do bebê com os alimentos, habilidade em manuseá-los, melhor aceitação de quantidades e adaptação aos novos horários. Dessa forma, neste momento os alimentos tornam-se a fonte mais importante de nutrientes e o leite passa a complementar a alimentação até que a criança complete 2 anos de idade.
A continuidade na oferta de leite neste momento é fundamental! O Ministério da Saúde orienta que o leite permaneça na alimentação da criança até que ela complete no mínimo 2 anos, visto que o tipo de gordura e proteínas presentes no leite materno ou na fórmula infantil desempenham papel importante na formação dos neurônios do sistema nervoso central, na formação muscular e desenvolvimento do sistema imunológico. A partir
do segundo ano de vida da criança, a necessidade do leite na alimentação deve ser avaliada pelo nutricionista e pediatra que acompanham a criança, considerando a rotina alimentar e evitando deficiências nutricionais.
Amanda C Martins
Nutricionista Responsável Técnica
CRN10 4584